terça-feira, 7 de julho de 2015

Digitalização aumenta competitividade do País

Crédito: Google

CEOs, CIOs e especialistas em Tecnologia das principais empresas brasileiras acreditam que a digitalização aplicada à Indústria, Energia e Infraestrutura pode aumentar a competitividade do Brasil e impulsionar seu desenvolvimento econômico. Este é um dos destaques do estudo Digitalização, Tendências e Soluções para um Brasil mais Competitivo, desenvolvido pela Siemens, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), que marca os 110 anos da fundação da Siemens no Brasil. 

O estudo foi baseado na análise dos dados coletados de indústrias e empresas de infraestrutura brasileiras e comparados pela FDC aos resultados dos Relatórios Globais de Competitividade. A pesquisa inicial coletou respostas de 250 participantes, que representam segmentos estratégicos do mercado brasileiro, a exemplo de setores automotivo, de mineração e siderurgia, química, serviços públicos, de transmissão de energia, eletro e eletroeletrônicos, e alimentos e bebidas. 

De acordo com o estudo, há uma percepção de que o Brasil está em um período de transição e que isso pode ser utilizado como uma oportunidade para preparar o país para um novo ciclo de desenvolvimento baseado em tecnologia. 

No geral, a digitalização é percebida como um fator importante para aumentar o desenvolvimento econômico, com 85% dos entrevistados acreditando que ela aumentará nossa competitividade, especialmente em termos de produtividade industrial e gerenciamento de energia. Os benefícios estão relacionados principalmente à utilização eficiente dos recursos, tomada de decisão e eficiência energética (90-95%). 

O estudo mostra ainda que a estratégia digital, a gestão de dados e o desenvolvimento de processos virtuais já estão moldando a agenda dos executivos brasileiros, especialmente nos setores automotivo, de energia e químico, com 72% dos entrevistados que contam com estratégias digitais afirmando que o processo de implementação está bem avançado, especialmente nas indústrias que fazem uso intensivo de tecnologia, como o automotivo e químico, além de concessionárias de energia. 

Segundo o estudo, o profissional de TI, anteriormente associado à manutenção da infraestrutura das empresas, hoje está assumindo um papel mais ativo no desenvolvimento de projetos e na prestação de apoio às áreas de produção, em processos em alinhamento com os departamentos de estratégia e com as estratégias gerais das empresas. De acordo com a pesquisa, a área de TI é responsável por 73% das decisões de estratégia digital. A pesquisa mostra ainda que as estratégias apresentadas estão relacionadas a: Controle (23% para a indústria e 40% para infraestrutura); Automação (17%); Processos/ Digitalização da Informação (14%) e Gerenciamento de Dados (14%). 

Gargalos

O estudo também mostra que entre os desafios para implementar uma estratégia digital, 55% identificaram o medo de roubo de dados ou espionagem industrial, enquanto que 52%, a falta de condições diferenciadas para investimentos. Com relação às barreiras internas, 57% apontaram a cultura da empresa, 53% os custos operacionais e 52% a dificuldade em quantificar os benefícios. Para 54% das grandes empresas, um grande desafio é a integração de novas tecnologias e software. Já 53% das pequenas empresas indicam a dificuldade de analisar grandes quantidades de dados. 

Apesar da desaceleração da economia brasileira, Joe Kaeser, presidente e CEO da Siemens AG, acredita no potencial brasileiro para o crescimento sustentável. "Neste ano de transição, o Brasil busca formas de colocar sua economia em uma base mais diversificada, competitiva e sustentável para o longo prazo. E é exatamente aí que a Siemens pode dar suporte ao Brasil". 

Kaeser destaca que a digitalização está criando um novo cenário econômico e oportunidades em todo o mundo. "Fazemos negócios em mais de 200 países e clientes do mundo todo nos relatam como a digitalização está mudando paradigmas, como ela está remodelando seus negócios e o ambiente competitivo." Ele acredita que como a sétima economia mais rica do mundo e a mais forte na América Latina, "o Brasil está se tornando digital" e está pronto para dar o próximo passo para se tornar uma organização global mais competitiva.


Fonte: Decison Report

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