Há quase uma década, a varejista Amazon lançou sua Elastic Cloud e inseriu a camada de infraestrutura as a service em seu portfólio, revolucionando o mundo da TI. Nessa terça-feira (27/10), a Oracle resolveu fortalecer sua oferta de cloud e engrossou a disputa contra a AWS no campo de IaaS.
“A maioria dos processo computacionais ocorrerá na nuvem na próxima década”, comenta Larry Ellison, fundador e CTO da gigante de TI, ao apresentar novas ofertas de serviços de storage, processamento e rede.
O movimento dá mais corpo às ações de cloud da provedora, que já atua com mais ênfase em software e plataforma como serviços. “Apenas um de nossos competidores têm o portfólio tão completo de nuvem quanto o nosso” comenta o executivo, sinalizando que essa outra empresa é a Microsoft.
Frente a concorrência, Ellison aposta que sua oferta tem apelo de preço e, especialmente, proteção. “O mundo precisa de mais segurança. Estamos perdendo as batalhas cibernéticas. É preciso entender como entregar tecnologias mais seguras na nuvem”.
O Oracle Elastic Compute Cloud vem com a missão de permitir que clientes escolham entre opções dedicadas e elásticas de processamento. A solução suporta diversos sistemas operacionais (incluindo Linux e Windows) e possui a habilidade de rodar fluxos de trabalho na nuvem em zonas compartilhadas ou dedicadas.
O lançamento considera dois novos serviços de storage em nuvem e um de redes. “No futuro, todos os dados corporativos serão armazenados em nuvem”, comenta o executivo. Haverá um período em que serviços em nuvem coexistirão com o mundo on premisses. Para isso, a companhia lançou um appliance de cloud privada para balancear cargas.
Cloud computing não figurava entre as prioridades da Oracle até poucos anos. Isso, porém, mudou radicalmente de uns tempos para cá. A gigante de TI percebeu que não daria mais para renegar o conceito e começou a redefinir suas estratégias. “Vamos liderar a transição para nuvem na próxima década”, enfatiza Mark Hurd, CEO da provedora.
De acordo com o executivo, em 2025, nada menos que 80% de todas aplicações em produção rodarão em cloud. Nesse mesmo ano, aposta, apenas dois provedores de suíte dominarão 80% do mercado de SaaS. Além disso, a expectativa é que 100% do desenvolvimento e teste, além de todo armazenamento de dados, seja feito na nuvem.
A ambição da Oracle, somada ao cenário descrito pelo seu líder de vendas, desencadeou um movimento, que culminou com uma série de ajustes de rotas, preparação de soluções e lançamentos de novos produtos.
A ideia é que esse processo gabarite a companhia a disputar oportunidades e assumir uma posição de protagonista na disputa de contra players tradicionais – SAP, IBM e Microsoft – e novos vendors, como Salesforce.com, Workday, Google e Amazon Web Services.
*O jornalista participa do Oracle Open World 2015, nos Estados Unidos, a convite da Oracle.
Fonte.Computer World
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