A NetApp estabeleceu a meta de ter entre 8% e 10% de seu faturamento vindo da América Latina em até três anos.
A empresa não revela o percentual da região atualmente, mas admite que a participação é “muito pequena”.
Não existem dados de mercado consolidados sobre o assunto mas, tipicamente, multinacionais obtém nos países latino americanos cifras entre 2% e 5%, com o Brasil respondendo sozinho pela metade disso.
Numa entrevista ao Baguete Diário em agosto do ano passado, o então presidente da NetApp no Brasil, Wagner Tadeu (hoje Tadeu está na Pure Storage e a NetApp é comandada por Marcelo Piccin), revelou que a companhia havia passado dos R$ 100 milhões de receita no país em 2013.
Pela cotação do dólar em dezembro daquele ano (R$ 2,3, que saudade) o faturamento representava US$ 43 milhões, uma cifra significativa para uma operação inaugurada apenas três anos antes, mas uma gota no oceano (0,68%, para ser exato) dos US$ 6,3 bilhões que a companhia faturou naquele ano fiscal.
Nos anos seguintes, o resultado do país não foi revelado, mas a empresa informou um crescimento de 94% em seu faturamento brasileiro no 1º trimestre de fiscal de 2015, o que, no calendário normal, aconteceu entre maio e julho de 2014, mostrando um ritmo acelerado.
Além de Brasil e México, os outros países da América Latina que contam com a presença da NetApp são Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela.
Segundo Larry Bowman, vice-presidente da NetApp para a América Latina, Brasil e México foram classificados em segundo e terceiro lugar entre os cinco países considerados de maior potencial para o crescimento da empresa em um estudo realizado para determinar os novos focos de investimento.
Para crescer, a empresa investiu na abertura de novos escritórios no Brasil. Recentemente a companhia inaugurou unidades em Belo Horizonte e Porto Alegre, agregadas às já existentes no tradicional eixo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Apesar de não ter data para abrir novas filiais, a empresa tem avaliado com mais força o potencial de Curitiba e da região nordeste, especialmente na Bahia.
Mesmo com o avanço na região, o foco da empresa ainda não está direcionado para a mesma visão que marca uma transição em mercados como o americano, europeu e de alguns países do eixo Ásia/Pacífico, em que a empresa reforça cada vez mais a Data Fabric, voltada para gerenciamento e movimento de dados em nuvem híbrida.
“Em termos de adoção de nuvem híbrida e preparação para lidar com a gestão de dados entre múltiplas nuvens, o mercado latino americano pode estar até dois anos atrás dos Estados Unidos”, relata Bowman.
Mesmo assim, ele afirma que já há conversas com clientes no Brasil sobre o conceito de Data Fabric, especialmente nos segmentos de telecom, prestadores de serviço e mercado financeiro.
A visão de Data Fabric, lançada há um ano, é a aposta da NetApp para ampliar sua atuação. A companhia passou por estágios de fornecedora de equipamentos de rede e de armazenamento, mas também foca no gerenciamento de dados.
Com um ano de lançamento, a empresa conta hoje com 6,4 mil clientes prontos para o Data Fabric - considerando os que já utilizam a oferta e os quetem ambientes de nuvem preparados para usar o sistema de gerenciamento.
Fundada em 1993, a NetApp conta com mais de 12 mil funcionários em 150 escritórios. A empresa conquistou uma receita de US$ 6,3 bilhões em seu último ano fiscal.
*Júlia Merker viajou a Las Vegas a convite da NetApp.
Fonte: Baguete
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