Em termos estratégicos, a escolha deve ser tomada levando em consideração quais aplicações de fato podem ir para cloud
A decisão de uma empresa em adotar Cloud Computing, dependendo do grau de maturidade de TI e da criticidade dos sistemas de missão crítica, é algo simples, porém deve ser fundamentada em quatro análises essenciais que passam pelos campos estratégico, financeiro, riscos e segurança.
Em termos estratégicos, a escolha deve ser tomada levando em consideração quais aplicações de fato podem ir para nuvem, quais competências existem dentro da empresa para gerenciar os softwares de missão crítica do negócio e qual é o grau de maturidade de TI dentro da empresa. Com essas questões respondidas, o próximo passo é partir para uma análise financeira. Atualmente, não restam dúvidas que a economia gerada com a adoção de Private Cloud terceirizada é substancial, havendo uma forte redução dos custos com TI em torno de 40% a 50% se comparado com o modelo tradicional interno, além de liberar a empresa para a aquisição de novos investimentos de ativos (hardware e software).
Partindo para os fatores mais técnicos, como a gestão dos riscos, é importante que o gestor faça uma comparação criteriosa das instalações de energia elétrica, sistemas de ar condicionado e até, porque não, a segurança física das salas de servidores, CPD ou datacenter interno com os datacenters terceirizados. Algumas empresas hoje em dia que não seguiram à risca essas recomendações estão correndo sérios riscos de terem seus negócios comprometidos devido à infraestrutura precária dos seus ambientes de TI. Os provedores de Private Cloud terceirizados, por terem essa atividade no seu core business, possuem uma robusta segurança física para acesso aos servidores com elevado nível de redundância de energia elétrica, geradores, nobreaks e baterias para garantirem 100% de disponibilidade aos clientes.
Ainda quando se compara o nível de contingência do ambiente interno computacional de servidores, storage e switches com a arquitetura de provedores de Private Cloud terceirizado, o nível de contingência é muito superior. O cliente sempre vai poder usufruir de uma arquitetura robusta de processamento, armazenamento, redundância e backup dos dados. Outro fator determinante para decidir pela Private Cloud terceirizada é a segurança da informação. Nesse modelo de serviço, o nível de segurança é customizado para cada necessidade corporativa de acordo com as regras de compliance do segmento de atuação da empresa.
Com projetos dedicados e customizados, aplicam-se as regras de governança em Segurança da Informação necessárias para o negócio, diferente, por exemplo, das chamadas nuvens públicas onde não existe customização. Este nível de segurança, inclusive, traz mais conforto ao cliente, pois permite que realizar uma auditoria do nível de segurança do provedor, conforme as necessidades de Compliance Corporativa.
De qualquer forma, vale ressaltar que em Private Cloud terceirizada, a empresa pode ter a profundidade do nível de controle e gestão de segurança que deseja, mas é imprescindível avaliar a qualidade do prestador de serviço a ser contratado, pois o mesmo deve seguir as melhores práticas de governança em TI e segurança da informação e apresentar um projeto customizado para a necessidade da empresa.
Então, antes de iniciar o movimento para Cloud, defina claramente a estratégia da companhia, sempre de acordo com os pontos fortes e fracos da empresa; analise muito bem os benefícios dos vários provedores de nuvem privada para tomar a melhor decisão.
*João Alfredo Pimentel é presidente do Conselho da CorpFlex.
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