Os Correios lançarão seu próprio serviço de telefonia móvel até o final deste ano, segundo expectativa da empresa pública federal.
Passando a atuar como uma operadora como Claro, Vivo, Oi, Tim ou Nextel, os Correios adotarão, em breve, um nome não revelado como sua marca nesse segmento. O serviço será promovido dentro das 12 mil agências da estatal, ou seja, o foco será no consumidor final – apesar de soluções de telefonia para pequenas e médias empresas também estarem planejadas.
Sem a infraestrutura necessária para a prestação desse tipo de serviço, os Correios irão contar com um parceiro (ainda não escolhido) que ficará responsável pela operação, bem como pelo atendimento ao cliente.
"Este novo negócio, além de garantir o ingresso e atuação da empresa no mundo da comunicação digital, vai garantir a continuidade de oferta de emprego aos brasileiros, valorizando cada vez mais a atuação dos profissionais dos Correios que estão na linha de frente de nossos negócios", afirmou Giovanni Queiroz, presidente dos Correios.
Ele também informa que não há investimento previsto para a operação planejada. Os Correios, porém, esperam receita de 282 milhões de reais para um período de cinco anos.
Apesar de nunca terem atuado no segmento de tecnologia móvel, Queiroz se mostrou otimista quando ao ingresso nesse novo mercado.
"Os Correios dispõem de uma das maiores redes de atendimento presencial do Brasil, um inigualável sistema de logística e de distribuição, e um número muito grande de clientes que frequentam diariamente sua rede de agências, além de contar com alta confiança da população. Essas características posicionam a estatal para atuar com sucesso neste negócio emergente, a exemplo de mais de 600 empresas, dentre as quais correios de diferentes países, que atuam como operadores virtuais de celular", declarou o presidente dos Correiros.
Entretanto, ainda não se sabe qual é a data de estreia do serviço, nem quais planos serão oferecidos ou sequer se a internet móvel ofertada será 3G ou 4G.
A expectativa de lançamento da operadora dos Correiros é para o final de 2016. Ainda assim, a previsão está dois anos atrasada. Isso aconteceu, em parte, por conta da desistência da parceria com o Grupo Poste Italiane, por parte da empresa europeia, em 2014.
Como vai funcionar
O modelo de negócio que os Correios escolheram é conhecido como operadora virtual, também chamada de MVNO (Mobile Virtual Network Operator). Em casos como esse, os chips da marca são vendidos, mas toda a infraestrutura de TI e as licenças de uso das frequências necessárias para a transmissão do sinal são de outra operadora.
Para ser considerada para a licitação, a operadora de telefonia que representará os Correios por trás das cenas deve ainda estar presente em pelo menos 50% dos municípios brasileiros.
Os Correios buscam a proposta com maior valor de remuneração dos chips pré-pagos a maior percentual de comissão no ato da recarga. As empresas interessadas devem entregar as propostas no dia 17 de março.
No Brasil, já existem algumas companhias que podem funcionar como operadoras virtuais. Algumas delas são Porto Seguro, Datora, Terapar, Alô Serviços de Telefonia Móvel (que pertence à Assembleia de Deus) e a Virgin Mobile.
Fonte: Exame
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