Para a EMC a pressão do mundo digital está forçando as empresas a redesenhar todo parque tecnológico. Isso consiste em fazer uma migração da segunda para a terceira plataforma com aplicações de cloud, big data, mobilidade e redes sociais. Na visão de Carlos Cunha, diretor-presidente da EMC Brasil, redefinir a TI impacta não só as companhias usuárias que estão investindo em tecnologia, mas também os players de TI.
"A própria EMC está se redefinindo na estratégia de oferta de soluções. Estamos encarando essa realidade com muito investimento em pesquisa & desenvolvimento e aquisições de empresas que completem nosso portfólio. Nos últimos anos, investimos mais de US$ 40 bilhões nessas duas frentes", aponta o executivo durante o EMC Fórum, que acontece hoje (26) na capital paulista.
Segundo ele, a EMC está empenhada em auxiliar os clientes na transformação tecnológica dando tranquilidade para o CIO migrar aplicações para a terceira plataforma. Mas essa equação, continua Cunha, não é uma tarefa fácil, pois exige um equilíbrio entre trazer inovação para os negócios e, ao mesmo tempo, cuidar da TI tradicional e seus legados.
"Muitos CIOs veem essa migração como dois projetos separados", explica Patrícia Florisi, VP e CTO de Vendas Globais da EMC. "O primeiro é como reduzir custo da segunda plataforma com soluções de armazenamento de dados com foco em flash; integrar equipamentos com infraestrutura convergente e cloud; e automatizar sistemas. O segundo passo, é inserir aos poucos as iniciativas da terceira plataforma com tecnologias open source; Hadoop; e plataformas definidas por softwares", completa.
Resistência
Na visão de Cunha, os CIOs brasileiros ainda estão resistentes com essa transformação, o que exige da EMC um grande empenho em evangelizar o mercado sobre as vantagens das tecnologias que foram repaginadas para essa mudança. Como a grande maioria das organizações globais estão tem uma infinidade de legados na segunda plataforma, a ideia da EMC é auxiliar na renovação dos parques tecnológicos com soluções que reduzem custo e facilitem o cotidiano das empresas.
"Na segunda plataforma, os CIOs têm à disposição um arsenal de tecnologias que já estão integradas prontas para serem implementadas. Esse trabalho está por conta da EMC que vem lançando portfólios de storage e appliances para virtualização e nuvem. São conceitos que já estão maduros, porém, ainda vejo muita resistência por parte das empresas. Já na terceira plataforma, o que vemos no mercado são projetos menores com baixo risco e impacto mínimo para os negócios", acrescenta Patrícia.
Por outro lado, o diretor-presidente da EMC acredita que o atual cenário brasileiro de crise política e econômica também pressiona as organizações a se transformarem. “Eu sinto um certo conservadorismo no CIO brasileiro para a atualização da segunda plataforma e criação de novos projetos da terceira plataforma. Estamos trabalhando junto aos nossos clientes para quebrar esses paradigmas”, completa.
Como fazer?
"Não conseguimos imaginar o mundo sem a vida digital e isso também é complexo para nós. Em uma pesquisa que fizemos com diversas empresas, perguntamos quais são as necessidades básicas para atender às demandas do core business e todas responderam que precisam de previsibilidade das oportunidades de negócio, inovação ágil e experiência em tempo real. Mas só 10% estavam preparadas para isso. Ou seja, nós sabemos o que é necessário fazer, mas não sabemos como fazer”, completa Patrícia.
Para resolver esse dilema, Cunha acredita que a EMC está preparada para ofertar soluções de infraestrutura convergente definida, appliances, armazenamento em nuvem e big data que atendem às demandas tecnológicas das empresas. Mesmo com um cenário econômico instável e alta do dólar, o executivo enxerga crescimento no Brasil até o final do ano.
"Tivemos alguns projetos adiados e outros revisados para uma adequação ao orçamento que sofreu alterações devido ao câmbio. Entretanto, vamos crescer no Brasil, mas não nos patamares dos últimos anos, certamente”, conclui.
Fonte: CIO
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