Por mais de 20 anos temos acompanhado a árdua tarefa dos profissionais de finanças de garantir a precisão da gestão dos planos de orçamentos de suas empresas. Este desafio vem sendo superado com muito trabalho, graças também à evolução das tecnologias e das ferramentas de gestão ao longo dos anos.
A análise dos dados financeiros – antes feita através das planilhas eletrônicas - é facilitada por novas tecnologias e plataformas, principalmente a computação em nuvem, que estabeleceu novo paradigma e melhorou o desempenho dos negócios e da própria atividade profissional exercida por esta turma, independente do porte da empresa.
Ao longo dos anos a evolução dos sistemas de gestão ERP proporcionou enormes ganhos de produtividade e qualidade do controle das finanças empresariais. No entanto, estas ferramentas não são especialistas e muitos desenvolvedores de sistemas viram uma oportunidade de negócio e criaram aplicações complementares, como a de BI (Business Intelligence) e CPM (Corporate Performance Management). Mesmo sendo o BI um recurso muito útil para a análise das informações gerais dos negócios, ela não possui a mesma capacidade que as ferramentas de CPM oferecem.
Estas tecnologias ganham escala com a crescente adoção da computação em nuvem pelos profissionais de finanças, que acabaram impulsionando sua capacidade de trabalho e fortalecendo suas posições dentro das empresas.
Se há alguns anos o profissional se trancava em sua sala para poder entender os dados pulverizados em centenas – ou até milhares – de planilhas, agora a computação em nuvem permite a análise em tempo real, com acesso aos dados de agrupamento de centros de custos ou por grupos de empresas. Os novos ambientes financeiros criados a partir de fusões e aquisições não são tão complicados agora de serem analisados.
Por muito tempo a gestão dos orçamentos foi dependente das planilhas eletrônicas e da sorte de se ter um ERP com alguma funcionalidade dedicada. A precisão dos dados e sua análise era dificultada devido a inconsistências geradas por um grande número de informação distribuídas por diversos arquivos distintos. Sistemas sem a capacidade de conversar entre si era outro grande problema.
Com a computação em nuvem a coleta e centralização dos dados ficaram facilitadas, uma vez que não é mais necessário importar planilhas para a aplicação de orçamento. Agora é possível que cada área da empresa e centro de custos possam ter acesso a aplicações de orçamento em nuvem em tempo real, a qualquer momento, de qualquer lugar. A mobilidade proporcionada pelo novo ambiente acelera este processo.
De fato, a computação em nuvem se mostra um caminho sem volta, uma vez que ela permite que aplicações de negócios funcionem em servidores fora da infraestrutura de TI das empresas, gerando outros benefícios. Além da redução dos custos diretos e indiretos, ela elimina a dependência de consultoria e de apoio da TI interna para acontecer. Assim, o profissional de finanças não depende de terceiros para elaborar e acompanhar seus planos de orçamentos. O tempo ganho com isso é revertido para a análise e ajustamento dos orçamentos.
Se a análise dos dados financeiros é vital para a análise do negócio, ter acesso facilitado a eles é questão sine qua non para que o CFO possa ter uma visão abrangente dos negócios. Isso o posiciona como elemento estratégico dentro da companhia e é o que estamos presenciando: o fortalecimento destes profissionais no mercado.
(*) Edgard Bello é CEO da Peopleware, distribuidora no Brasil da Adaptive Insights
Fionte: CIO
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