Os Centros Integrados de Comando e Controle (CICCs) são ambientes complexos de infraestrutura e tecnologia que acrescentam inteligência às operações. Isso acontece por meio de uma arquitetura tecnológica integrada que aborda os problemas de maneira transversal e realiza a gestão cruzada da informação para, de forma holística e inteligente, melhorar a eficiência e a prestação de serviços.
Essa realidade pode parecer intangível e complexa para muitos COOs (Chief Operation Officer) e tomadores de decisão. Porém, é possível entender com facilidade quando vemos a aplicação prática, por exemplo, o Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport) utiliza, desde 2013, um Centro Integrado de Gestão Aeroportuária (CIGA) para atender as necessidades de gestão integrada garantindo monitoramento em tempo real, disponibilidade, proteção e confiabilidade das informações que circulam diariamente pelo aeroporto. Ainda, em junho de 2014, o governo federal fez o monitoramento da segurança da Copa do Mundo FIFA 2014 por meio dos CICCs que promoveram agilidade à tomada de decisão, melhorando a eficiência dos serviços.
Além disso, podemos observar essa integração sendo aplicada na dinâmica das cidades, como em Barcelona (Espanha), onde o acesso ao sistema de trânsito foi disponibilizado para que pedestres e motoristas pudessem acompanhar, por meio de seus smartphones, a melhor opção para se locomover no município. Outro bom exemplo é Seul (Coreia do Sul) que, além de permitir o acesso ao sistema de trânsito, a administração de trânsito aposta na troca de informações por meio digital com os moradores, a fim de identificar o mais rápido possível as demandas da população.
Como vimos nos exemplos, o objetivo da implementação do CICC foi obter uma atuação sistêmica, integrada e mais eficiente (um ambiente operacional tecnológico interativo). A partir deles, podemos entender a importância dos CICCs nas operações de missão crítica. Sendo assim, os três principais motivos que levam a adoção dos CICCs são:
· Tomada de decisão em tempo real: cruzamento dos dados e monitoramento em tempo real das informações aceleram os processos e a tomada de decisão.
· Ações mais assertivas: a integração, a capacidade de gerenciamento e o compartilhamento de informações que convergem para o CICC fazem com que as ações sejam coordenadas colaborativas ágeis e transversais.
· Comando e Controle da operação: é necessário ter “em mãos” fatores que permitam a tomada de decisão para que seja possível alcançar os objetivos de negócio da empresa.
Sem a pretensão de fazer previsões ou determinismos para o futuro, mas baseado nas necessidades que surgem com o desenvolvimento do mercado, afirmo que a adoção de CICCs deixa de ser uma tendência para ser um caminho sem volta, no qual os CICCs permitem que empresas e cidades estejam mais equipadas para melhorar a eficiência no uso dos recursos, processos e a gestão como um todo.
(*) Pascal Toque é diretor de engenharia de soluções da Aceco TI
Fonte: CIO
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