Quando a Oracle comprou a Sun Microsystems, há cinco anos, Larry Ellison fez muito barulho sobre como ter a pilha inteira de sistemas em um único chip, capaz de dotar seus servidores de recursos originais. Após cinco anos, ele pode finalmente dizer que chegou lá, com o processador Sparc M7, estrela do Oracle Hardware Forum, realizado nesta terça-feira, 10/11, em São Paulo.
"O Sparc M7 consolida a filosofia da Oracle para os Engineered Systems, integrando hardware e software", comenta Fábio Matos, vice-presidente de vendas da Oracle do Brasil. O processador tem as melhorias habituais que você esperaria de um novo chip - mais núcleos, caches maiores, maior largura de banda - mas o mais interessante são as funções de software que Oracle embutiu no silício para melhorar o desempenho e a segurança dos aplicativos.
Eles contam com uma tecnologia de proteção de memória que favorece um novo nível de segurança para bancos de dados in-memory, e um engine que permite que dados sejam descompactados em tempo quase real para análise, permitindo maior utilização dos dados compactados.
A tecnologia de proteção de memória, chamada de "silicon-secured memory", impede que programas mal-intencionados acessem partes da memória principal, frustrando um método de ataque comum para hackers.
Quando um aplicativo precisa de um novo bloco de memória, o M7 cria um único "color bit", ou chave, o que garante que o aplicativo acesse apenas a parte da memória atribuída a ele. Quando o processo de candidatura termina, a chave expira e uma nova é criada para a próxima alocação de memória.
O processador possibilita também a criptografia assistida por hardware, que oferece aos usuários a habilidade de ter um tempo de execução e dados seguros para todos os aplicativos, mesmo quando combinados com amplo uso de AES, DES, SHA, etc. Segudno a Oracle, aplicativos existentes que usam criptografia serão automaticamente acelerados por essa nova capacidade, incluindo aplicativos da própria Oracle, de terceiros, ou personalizados.
Os novos servidores com M7 também vão permitir a migração de máquinas virtuais criptografadas, para tarefas como recuperação de desastres ou manutenção planejada.
"Até agora, nenhuma plataforma computacional foi capaz de lidar com a segurança sem afetar significativamente o desempenho do aplicativo", explica John Fowler, vice-presidente executivo de Sistemas da Oracle. " Hoje estamos fornecendo tecnologia de ponta para proteção de intrusão e criptografia, ao mesmo tempo em que aceleramos o Analytics in-memory."
O M7 estará disponível nos modelos de servidores T7 e M7 (é a primeira vez que o Oracle usará o mesmo processador em ambas as linhas de produtos), bem como no sistema com engenharia Oracle SuperCluster.
Os sistemas SPARC M7 vão de 32 a 512 núcleos, de 256 a 4096 threads e até 8TB de memória.
"Significa que os recursos, incluindo SQL no silício, estão disponíveis para todos os clientes, incluindo pequenas e médias empresas. Atende a todo mundo. O tamanho da máquina versus o tamanho do cliente não é um impeditivo", afirma Fábio Matos, lembrando que o prazo para importação é de , no mínimo 30 dias.
Em relação aos bancos de dados, funções críticas aceleradas pelos coprocessadores do M7 incluem descompressão da memória, varredura de memória, varredura de alcance, filtragem e assistência de junção. De acordo com a empresa, o encaminhamento dessas funções para os coprocessadores permite um desempenho até 10 vezes melhor na consulta de dados.
Testes de desempenho
A Oracle realizou um teste de desempenho SPECjEnterprise2010 para banco de dados e Java para demonstrar a superioridade dos servidores com o M7. Segundo os resultados, dois servidores SPAR T7-1, totalmente criptografados, são mais rápido que um par de sistemas IBM Power8 com quatro processadores, rodando a mesma carga de trabalho criptografada.
Já os resultados do Sparc M7 no teste de desempenho TeraSort provam a superioridade em relação ao IBM rodando o Hadoop, ao mesmo tempo em que também utiliza a aceleração de criptografia SPARC M7 sem afetar o desempenho.
Fonte: CIO
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