segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Huawei Cloud Congress 2015 - o presente e o futuro da Nuvem!

Como é a visão da Huawei sobre Cloud e como transforma nossa realidade

O imenso desafio de uma empresa que cresce bastante é manter o foco e a coerência entre suas diferentes linhas de produtos. A gigante chinesa Huawei, fundada em 1987 por Ren Zhengfei, visionário empreendedor, nasceu nos anos 80 como fornecedora de equipamentos de telecomunicação de segunda linha e hoje é uma das grandes forças mundiais do setor desafiando e até superando em alguns aspectos as tradicionais gigantes deste mercado e hoje conta com produtos de ponta, primeira linha e tecnologias inovadoras.


Este texto vai percorrer as características da empresa e várias de suas tecnologias e produtos. Você pode lê-lo na íntegra ou os tópicos que sejam mais de seu interesse. No final as ideias serão todas confrontadas e associadas trazendo, espero eu, conclusões interessantes e esclarecedoras. 


A empresa


Estive a convite da Huawei em duas de suas sedes na China. Visitei um centro de experimentação de soluções em Shenzhen e um laboratório de pesquisa e desenvolvimento em Shanghai, aliás um centro imenso, impressionante, com dezenas de milhares de metros quadrados, local onde nascem muitas de suas soluções.



figura 01 – Shanghai Huawei Technologies Corporate Campus



A empresa tem três áreas de atuação:

Carrier: Produtos para operadoras de telecomunicações (por exemplo as empresas que vendem serviço de telefonia móvel). Responsável por aproximadamente 67% de seu faturamento. 
Enterprise: Soluções para empresas como switches, roteadores, firewall, storages, servidores, câmeras de segurança, etc., responsável por aproximadamente 7% de seu faturamento. 
Consumer: Dispositivos móveis como smartphones, modems e tablets, responsável por aproximadamente 27% de seu faturamento. 

A área de produtos Enterprise é o que mais vem crescendo na Huawei. Embora ainda com 7% na participação total das receitas, teve em 2012 US$ 1.5 Bi em receitas e na sequência, US$ 1.9 Bi em 2012, US$ 2.5 Bi em 2013 e fechou 2014 com US$ 3.1 Bi e, um crescimento de 112% em 3 a anos!


A empresa tem hoje segundo dados de 2014 a seguinte divisão geográfica de seu mercado: 

37.8% na própria China 
35.0% EMEA (Europa, Oriente Médio e África) 
14.7% na região Ásia Pacífico 
10.7% nas Américas 

Está presente em mais de 170 países. Conta com 170.000 empregados. Tem 16 centros de Pesquisa e Desenvolvimento e 45 centros de treinamento. Apenas em 2014 foram investidos perto de US$ 7 bilhões (CNY 40.8 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento. São números que impressionam, mas não só de números depende o mérito das soluções das empresas. Precisa haver coesão e sinergia. Voltando às diferentes áreas de negócios, segundo minha visão anterior estas divisões tinham atuações praticamente independentes. Não via conexão intensa entre estas áreas. Mas pude enxergar meu erro. Nesta visita também participei do HCC 2015, ou seja, “ Huawei Cloud Conference 2015” e por conta disso minha visão começou a mudar. 


figura 02 – Huawei Cloud Conference 2015 – Shanghai, China


Huawei e a Nuvem


A começar, qual a conexão da Huawei com sistemas de nuvem? Há muita relação. A saber, a empresa tem na China oferta de serviço de nuvem pública contratada por empresas locais, utilizando obviamente toda a sua própria tecnologia, toda sua vertical. Mundialmente a Huawei está fazendo alianças e parcerias para prover este tipo de serviço por meio de Operadoras de Telecomunicações locais. Não por acaso são as empresas que já são clientes de seus produtos da linha “Carrier”. Por exemplo, uma TELEFONICA poderá criar este serviço em vários locais do mundo tendo por base os produtos da empresa. Mas que produtos são estes que suportam a nuvem da Huawei? E devemos lembrar que no atual momento da evolução e maturidade da tecnologia a nuvem não é mais apenas uma base de virtualização e sim orientada e centrada em aplicações (conceito de “Cloud 3.0”).


Quando se fala em nuvem um dos imensos pré-requisitos envolvido é capacidade de comunicação em alta escala e velocidade. Mas este não é o único ponto crítico. Conectividade de rede, processamento e armazenamento são pontos chave! Na linha de produtos Enterprise há oferta de switches e roteadores de alta capacidade com recurso para implantar SDN (Software Defined Network). Trata-se de uma infraestrutura lógica de rede cuja implantação e administração se faz por software (apenas configurações e parâmetros) reduzindo sobremaneira o esforço de implantação de redes complexas e principalmente agilidade no gerenciamento e nas modificações necessárias ao longo do tempo.


FusionSphere 6.0


Uma das importantes novidades do HCC 2015 foi a apresentação do FusionSphere versão 6.0, o sistema operacional para nuvem da Huawei, com mais de 2000 melhorias e aperfeiçoamentos. Integra a plataforma de virtualização FusionCompute e o software de gerenciamento de nuvem FusionManager. Como resultado, uma grande variedade de empresas pode consolidar horizontalmente recursos físicos e virtuais em data centers e otimizar verticalmente a plataforma de serviços. Com arquitetura convergente habilita o controle centralizado de recursos físicos e virtuais, gerenciamento de vários data centers e soluções completas para nuvens privadas, públicas e híbridas. 



figura 03 – modelo conceitual do FusionSphere 6.0


É baseado no padrão aberto OpenStack cuja definição desenvolvida por um grupo de empresas (do qual a Huawei também faz parte) provê compatibilidade de hardware e software em um ecossistema abrangente, APIs abertas padrão e Systems Development Kit incorporado (eSDK) permitindo a integração de um grande número de equipamentos de muitos fabricantes diferentes (que também se fundamentam no OpenStack).


Por meio dessa solução empresas podem implementar sistemas de nuvem privada ou híbrida dentro das suas organizações. Mas a capacidade de escalabilidade do sistema também habilita provedores de serviços criarem sistemas robustos de nuvem pública e oferecerem para o mercado essa solução. É dessa forma que a Huawei pretende alcançar o mercado mundial, por meio de alianças e parcerias com operadoras de telefonia locais que queiram vender o serviço de nuvem pública ou híbrida para seus clientes.


Fonte: ITForum

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