Executivo da Oracle lista cuidados as empresas precisam tomar na hora de contratar novos fornecedores
Seja uma startup, uma empresa de médio ou grande porte, provavelmente estará se movendo rumo à nuvem a fim de aumentar sua atuação no setor em que atua. Por isso, começam a surgir algumas boas práticas que devemos destacar e ficar atentos:
1. Segurança
Não assuma que o seu provedor de nuvem tem os recursos e políticas adequadas para proteger os seus dados
Os incidentes de segurança são relevados quase diariamente. A maioria desses casos envolve empresas ou agências governamentais que assumiram a responsabilidade de proteger a sua própria infraestrutura de TI. Este não é o negócio principal deles. Fornecedores de serviços em nuvem, por outro lado, estão mais preparados e capacitados para prover segurança. Mas nem todos, por exemplo, gerenciam com o mesmo nível de segurança. As empresas devem questioná-los sobre os seguintes pontos:
Você fornece múltiplos níveis de segurança, como criptografia dos dados na entrada, em trânsito e em armazenamento?
· Você fornece gerenciamento ativo de identidade que permita aos administradores garantir que apenas usuários autorizados acessem os dados? Que tipo de segurança você oferece para garantir que esses mesmos administradores não abusem de seus privilégios? Algum membro da equipe do provedor de nuvem pode ver os seus dados? È importante que o provedor ofereça datacenters criptografados de tal forma que até os funcionários que o configuraram e fazem a manutenção dos apps ou da infraestrutura não consigam acessar os dados.
· A sua organização tem segurança física embassy-grade (Tier 4) para o seu datacenter? E os seus datacenters são distribuídos de tal forma que o nosso armazenamento e uso de dados não entrem em conflito com várias legislações de residência de dados ao redor do mundo?
· Você permite que os dados dos clientes se misturem no mesmo banco de dados, ou usa “proteção isolada de dados” que permite o compartilhamento de recursos computacionais onde faça sentido, mas isole os dados em bancos de dados separados?
O isolamento físico dos dados traz tranquilidade quando se trata de compatibilidade e redução de risco. Ele também reduz a “síndrome do vizinho barulhento” – o risco de que o processamento financeiro em lote ou outras cargas de trabalho pesadas afete o seu próprio desempenho computacional.
Não fique preso a um ecossistema que não deixa você adicionar facilmente novos (e personalizados) recursos para ampliar os aplicativos em nuvem2. Adaptabilidade
A maioria dos serviços em nuvem tem funcionalidade padrão. Por exemplo, os campos de informações de contato são praticamente padronizados em qualquer formulário. Mas algumas empresas querem unir funcionalidades que elas próprias inventaram. Para isso, precisam buscar um provedor com uma plataforma em nuvem com padrões abertos.
Assim, é ainda mais importante que as tecnologias SaaS e PaaS sejam desenvolvidas usando linguagens padrão, como a Java, para garantir que você possa integrar perfeitamente extensões aos aplicativos.
3. Integração
Não deixe seu provedor isolá-lo em mais um silo de dados, nem que ele force os serviços de apenas um provedor
As empresas têm adotado parcialmente os serviços na nuvem. Agora chegou a hora de aproveitar os recursos em sua totalidade. Em outras palavras, a fragmentação dos processos de negócios e do armazenamento na nuvem levou à necessidade da integração dos aplicativos em nuvem e on-premise. Pergunte a seu provedor:
· Você pode integrar dados com software de terceiros? Quais são as complexidades e custos associados? Quem os mantém? É baseado em padrões de mercado?
4. Atualizações e modificações
Não deixe que o seu provedor decida quando e como você terá uma atualização
Um dos maiores benefícios da nuvem é a interação ágil entre os provedores, levando mais tecnologia às empresas. Mas isso vem com uma troca, que é o tempo de inatividade.
Quando o período de inatividade é bom para a sua organização? A nuvem pode lhe dar acesso imediato à inovação no ritmo que seus clientes exigem, mas sem interromper o ritmo. Seu fornecedor deve ter flexibilidade para planejar as atualizações quando seus negócios exigirem.
5. Padrões
Não deixe que o seu fornecedor force você a usar aplicativos escritos em uma linguagem de programação proprietária
Seja para escrever aplicativos rodados on-premise ou criar extensões para nuvem, você pode aproveitar as habilidades que já possui ou contratá-las. Busque aplicativos em nuvem escritos em linguagens-padrão da indústria.
A flexibilidade é um dos principais benefícios da adoção do SaaS, mas quando você estiver planejando e pensando sobre os pros e contras em potencial, também é preciso considerar como pode reagir frente a alguns cenários – como por exemplo, mover um aplicativo para a nuvem. Ou quais são as implicações de deixar um provedor? É aí que os padrões e a flexibilidade do serviço entram em cena.
E à medida que as empresas se movem seletivamente para a nuvem, elas esperam consistência em arquitetura e infraestrutura tanto em seus ambientes de nuvem pública como privada.
A computação em nuvem é relativamente nova (pelo menos em comparação com tecnologias de negócios já estabelecidas), mas isto não significa que já não existam algumas melhores práticas.
E, de fato, uma das premissas da nuvem é que ela torna os provedores mais rápidos na resposta às pressões competitivas que eles enfrentam. Você pode dizer que o seu o provedor de nuvem se adaptou a este novo ambiente?
*Fernando Lemos é vice-presidente de Tecnologia da Oracle para a América Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário