1- O software terá um
papel ainda mais importante nas redes corporativas de telecomunicações
No topo da agenda deste ano estará o crescente papel do software nas redes de
telecomunicações. As empresas e operadoras latino-americanas buscarão cada vez
mais no software o auxílio para aprovisionar, gerir e configurar suas redes.
Esperamos que a região passe pela fase de descoberta das tecnologias de SDN e
NFV para a fase de avaliação e, em alguns casos, de implantação pontual. As
operadoras utilizarão ainda a orquestração como um complemento da SDN/NFV para
gerir e aprovisionar de forma mais rápida vários domínios, e uma combinação de
dispositivos de rede físicos e virtuais. A orquestração permitirá ainda que as
operadoras migrem com mais elegância para redes virtualizadas e sob demanda.
2- A interconexão de
data centers continuará crescendo
Como empresas e consumidores continuam virtualizando seus aplicativos e
recursos de rede, veremos um aumento na construção de data centers na região,
uma vez que o conteúdo precisa estar próximo do usuário – especialmente para as
aplicações sensíveis à latência. Isso alavancará a demanda dos operadores por
sistemas empilháveis de interconexão de data centers (DCI) que surgiram no
mercado em 2015. De acordo com a Ovum, entre 2014 e 2019, os investimentos em
DCI crescerão na América Latina a uma taxa composta anual de 9%. Estes sistemas
usam recursos tanto de hardware como de software para permitir uma implantação
simples, maximizar a capacidade por rack e fibra e aprovisionar os atuais
ambientes de data centers em escala web.
3- Começará a adoção de
200G
Apesar de toda a empolgação em torno de uma maior agilidade de rede, o número
de implantações em busca de mais capacidade começará a crescer em 2016, nos
lembrando que estes dois elementos andam de mãos dadas. Como os usuários finais
estão utilizando cada vez mais aplicações em nuvem, demandando mais largura de
banda, as operadoras irão tomar medidas para aumentar a capacidade da rede e,
ao mesmo tempo, buscarão novas maneiras de rentabilizar sua infraestrutura.
Portanto, podemos esperar que a velocidade de 200G comece a ser adotada na
região. Além disso, as operadoras acrescentarão mais inteligência na forma de
aplicativos de rede habilitados por controladoras SDN. Além disso, o hardware
programável permitirá que as operadoras ajustem dinamicamente a rede para se adaptarem
às novas exigências de largura de banda.
4- As operadoras
precisam ter uma abordagem holística para a segurança
A atual abordagem de segurança em múltiplas camadas ainda pode melhorar. Da
mesma forma que um castelo está protegido primeiro por um fosso, depois por
muralhas e salas para proteger os governantes e suas riquezas, as empresas
utilizam firewalls, detecção e prevenção contra invasão, identificação e
gerenciamento de acesso, gestão unificada de ameaças e outras táticas para
proteger os dados dos usuários. Porém, e os soldados que estão em campo? Como
protegê-los? Em 2016, veremos os tomadores de decisões das áreas de segurança e
rede adotando medidas mais ousadas para a segurança dos pacotes enquanto estão
sendo transportados e já na camada óptica, armando as organizações com uma
defesa verdadeiramente holística para dados armazenados ou em trânsito. Com
técnicas avançadas de criptografia óptica, tanto as empresas como as operadoras
poderão adicionar uma camada extra de proteção à transmissão das informações em
todas as redes, do ponto A ao B.
5- Ethernet Business
Services – o caminho para os serviços virtualizados
A mudança para os serviços empresariais de Ethernet será cada vez mais veloz –
de acordo com a Ovum, a receita desse mercado na América Latina deverá crescer
dos US$ 526 milhões em 2014 para US$ 1,8 bilhões em 2020. As operadoras
precisarão encontrar uma maneira mais ágil para entregar estes serviços,
particularmente na conexão de empresas com nuvens hospedadas em vários data centers.
As operadoras buscarão ainda plataformas que possam proporcionar maior
eficiência e capacidade da rede e que, ao mesmo tempo, ofereçam soluções de
pacote integradas e componentes ópticos coerentes. Com soluções como as de
software Blue Planet da Ciena, as operadoras poderão automatizar e orquestrar
serviços Ethernet e NFVs, bem como encadeá-los para criar novas e inovadoras
fontes de receitas.
Estas são algumas das principais tendências que prevemos para 2016 enquanto a
marcha em direção a redes mais ágeis continua – ajudando os operadores na
transição para modelos de negócio sob demanda, para que possam prosperar no
mundo atual baseado em aplicativos.
Fonte: Por Hector Silva, diretor
de tecnologia da Ciena para a América Latina
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