Há uma grande expectativa quanto ao futuro da HP Enterprise. A empresa que nasceu da divisão da gigante de TI para focar no mercado de soluções corporativas começa a tornar visíveis suas apostas. A companhia aproveitou um evento para parceiros e clientes na Europa para fazer os primeiros anúncios depois de seu spin off.
As novidades apresentadas nessa terça-feira (01/12) não chegaram a ser bombásticas. A provedora revelou que pretende colocar suas fichas na oferta de soluções de cloud híbrida. Durante o evento, foram feitos três anúncios nesse sentido.
O primeiro deles contempla um mix de tecnologias convergentes e combináveis entre si que, segundo a companhia, ajudará clientes na construção e integração de seus ambientes públicos e privados.
O Synergy, como a plataforma foi batizada, contempla recursos computacionais, armazenamento e comunicação; “inteligência definida por software”, que facilita integração de sistemas e oferece unificação de APIs, o que facilita a vida das empresas em suas jornadas rumo a economia digital.
De acordo com a provedora, a infraestrutura convergente é 20% mais barata quando comparada com soluções similares de outros provedores de tecnologia.
O segundo lançamento, chamado de Helion Managed Cloud Broker, é uma ferramenta de orquestração para serviços distribuidos em ambientes públicos e privados.
A HPE aproveitou também para reforçar a integração de suas soluções ao Azure, expandindo um acordo antecipado há alguns dias.
No final de novembro, a fabricante revelou uma aliança com a Microsoft para suprir a carência de serviços de nuvem pública, uma vez que pretende descontinuar o Helion no final de janeiro.
Os anúncios da companhia não representam grandes supresas. De fato, a inclinação revela uma postura muito similar a da EMC e Dell, que consiste em criar um ecossistema de parcerias para compor sua oferta de cloud.
“Estamos comprometidos em ajudar empresas a transformarem seus ambientes de cloud híbridas para alavancarem crescimento e adicionarem valor”, comenta Meg Whitman, CEO da HP Enterprise.
Um relatório da IDC publicado em outubro indica que os gastos totais com infraestrutura de TI para montar nuvens atingirão US$ 32,6 bilhões em 2015. Desse total, cerca de US$ 12,1 bilhões se destinarão para criar ambientes privados.
A consultoria projeta que esse mercado chegará a US$ 53,1 bilhões em 2019, com equipamentos cloud pública respondendo por US$ 33,6 bilhões, no período.
A HPE quer uma fatia desse mercado. Resta saber qual fatia conseguirá abocanhar - uma vez que disputa contra outros grandes players que tentam a mesma sorte.
*O jornalista participa do Discover, na Inglaterra, a convite da HP Brasil.
Fonte: Computer World
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